- Composição
corporal:
A hipertrofia muscular e a obesidade são fatores que condicionam a
flexibilidade.
- Superfícies
articulares:
A mobilidade articular depende da forma e do comprimento mecânico
dos ossos que compõem a articulação, assim como das superfícies articulares. Uma
vez que esta mobilidade é determinada por fatores genéticos, existem algumas diferenças
de pessoa para pessoa.
- Capacidade
de alongamento muscular, dos tendões, ligamentos e cápsulas articulares:
São as bainhas que envolvem os músculos, tendões e cápsulas
articulares que condicionam a resistência decisiva ao alongamento.
Os tendões, ligamentos e cápsulas articulares têm como principal
função manter os ossos e as superfícies articulares devidamente colocados, de
forma a permitir o bom funcionamento das articulações.
- Coordenação
dos processos neuromusculares:
A capacidade de alongamento de um músculo, para além de estar
dependente da sua extensibilidade e elasticidade, está também dependente da ação
do sistema nervoso central sobre o seu tónus muscular e sobre a sua capacidade
de relaxamento.
Quando as fibras musculares chegam a um determinado grau de
alongamento, os fusos neuromusculares são excitados, de modo a que se dê a contração
muscular e a interrupção do movimento. Os fusos neuromusculares desempenham um
papel importante no caso dos alongamentos excessivos. Quando as fibras
musculares sofrem alongamento excessivo, os fusos neuromusculares sofrem também
esse alongamento, o que faz com que enviem estímulos nervosos à medula espinal,
levando à contração de um maior número de fibras musculares.
- Fadiga:
Os índices de flexibilidade diminuem quando um músculo apresenta
elevados níveis de fadiga. As razões apontadas para explicar este fenómeno são:
a diminuição da sensibilidade dos fusos neuromusculares; e a diminuição das
reservas de ATP no músculo, o que não permite o alongamento máximo, uma vez que
o músculo não se relaxa.
- Temperatura
interior e exterior e aquecimento:
- São obtidos
melhores resultados quando existe aquecimento;
- Se a temperatura
ambiente (exterior) é baixa, e não existe aquecimento prévio, a flexibilidade é
muito condicionada, ou seja, o frio reduz e o calor aumenta a elasticidade muscular;
- Através da atividade
física, do contacto com água quente, através de massagens, etc., pode
aumentar-se a temperatura ao nível do músculo, o que provoca uma diminuição da viscosidade
muscular, permitindo um melhor alongamento com menor risco de lesões;
- O aumento da
temperatura ao nível do músculo provoca também uma maior irrigação sanguínea, o
que tem como consequência um aumento da capacidade de estiramento das fibras
musculares.
- Hora
do dia:
Os índices de flexibilidade variam conforme a hora do dia em que
esta é treinada. Por exemplo, logo de manhã, depois de acordar, os índices de
flexibilidade são mais baixos do que à tarde. Isto deve-se, entre outros fatores,
à elevada sensibilidade dos fusos neuromusculares que ao mínimo alongamento
levam à contração das fibras musculares.
- Idade:
Os tendões, ligamentos, músculos e etc. sofrem alterações com o
envelhecimento. Essas alterações provocam a diminuição da capacidade de
estiramento das estruturas associadas à flexibilidade.
Deste modo, a flexibilidade é uma capacidade física que necessita
de ser trabalhada sistematicamente.
- Sexo:
A capacidade de estiramento das estruturas ligadas à flexibilidade
– músculos, ligamentos e tendões – no sexo feminino é superior à do sexo
masculino. Isto acontece em qualquer idade. A razão pela qual isto se verifica
está ligada às diferenças existentes na produção de hormonas entre o sexo
feminino e masculino. Uma vez que a mulher produz maior quantidade de
estrogénio, nela existe uma maior retenção de água e uma maior quantidade de
tecido adiposo, em vez de massa muscular. Deste modo, a mulher possui uma maior
flexibilidade devido ao facto de possuir uma menor densidade de tecidos.
- Fatores
psíquicos:
Situações de excitação emocional podem originar uma tensão
muscular acrescida, o que influencia, de forma negativa, os índices de
flexibilidade. Por outro lado, uma situação emocional positiva, como a vontade
de vencer e todos os fatores psíquicos positivos, ajudam a elevar a capacidade
de trabalho e, consequentemente, verifica-se uma melhoria dos níveis de
flexibilidade.