quarta-feira, 20 de junho de 2012

... Em síntese


Toda esta informação referida que nos tópicos , foi estruturada para a realização de um trabalho de uma disciplina (Estudo do Movimento) , no módulo nº6 (Capacidades Condicionais) do Curso Profissional de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva, na Escola Secundária de Pombal.

            Este trabalho foi muito útil, na medida em que me deu a possibilidade de explorar um tema que acho interessante e do qual posso aprender cada vez mais ainda.
Cheguei à conclusão que, apesar de haver inúmeras definições para as capacidades condicionais dadas por várias pessoas, podemos dizer que, de um modo básico e geral, as capacidades motoras são características individuais e inatas, as quais podem ser sujeitas a um desenvolvimento de modo a que, em conjunto, determinem a aptidão física de um indivíduo.
Verifiquei de igual modo que, em 1968, Gundlach propôs a divisão das capacidades motoras em dois grupos distintos, as capacidades condicionais (carácter quantitativo) e as capacidades coordenativas (carácter qualitativo).
A classificação permite é que seja mais fácil conhecer as diferentes capacidades de forma organizada e de acordo com as diferentes intervenções na aptidão física, já que as capacidades condicionais estão ligadas à eficiência do metabolismo energético.
Dentro das capacidades condicionais, podemos encontrar a força, a velocidade, a resistência e a flexibilidade. Após a definição de cada uma, pudemos verificar que existem diversos tipos de cada capacidade, assim como diversos treinos, os objetivos e ate os fatores condicionantes de algumas capacidades.
Com toda esta informação fiquei a saber mais pormenorizadamente tema das Capacidades Condicionais.  



Agradeço por ter visitado este blogue, e espero que toda a informação aqui publicada, tenha sido do seu agrado.
           Até uma próxima. 

Observações relativas ao treino da flexibilidade


- Os exercícios devem ser feitos diariamente e, consequentemente, sem interrupções;
- O treino da flexibilidade deve ser antecedido de um bom aquecimento e nunca deve ser executado quando os músculos apresentam elevados níveis de fadiga;
- Treinar sempre a flexibilidade na parte inicial do treino e nunca depois de exercícios de resistência muito intensos;
- Cada exercício deve ser repetido suficientemente (deve ser utilizado o método das repetições e a execução deve ser feita até que se sinta uma “ligeira dor”);
- Os exercícios devem ser variados e devem favorecer o aumento da amplitude de movimentos;
- O treino deve ser iniciado com exercícios gerais e depois ir para específicos;
- Complemento permanente com exercícios de relaxamento muscular;
- A amplitude máxima do movimento deve ser lenta e progressivamente alcançada;
- Não é necessário um treino muito intenso para a manutenção da flexibilidade, ou seja, para a manutenção da flexibilidade a frequência é mais importante que o volume de treino.

    

 

Treino de flexibilidade



O treino da flexibilidade deve ser uma constante, uma vez que, quando esta capacidade motora deixa de ser treinada, os seus efeitos positivos conseguidos são rapidamente perdidos. É uma capacidade facilmente treinável e o seu treino deve ser combinado com o de outras capacidades.


Por exemplo: um treino excessivo da força pode afetar negativamente a flexibilidade, bem como um treino excessivo da flexibilidade pode afetar a força.


Esta capacidade motora facilita a execução dos movimentos, mas não deve ser treinada em excesso, pois pode provocar deformações das articulações e dos ligamentos. O seu treino assenta no método da repetição, realizando insistências (ou forçando mesmo), de modo a obter uma maior amplitude das articulações e o alongamento dos grupos musculares que se opõem ao movimento.

Principais fatores condicionantes da flexibilidade



- Composição corporal:


A hipertrofia muscular e a obesidade são fatores que condicionam a flexibilidade.


- Superfícies articulares:


A mobilidade articular depende da forma e do comprimento mecânico dos ossos que compõem a articulação, assim como das superfícies articulares. Uma vez que esta mobilidade é determinada por fatores genéticos, existem algumas diferenças de pessoa para pessoa.


Capacidade de alongamento muscular, dos tendões, ligamentos e cápsulas articulares:


São as bainhas que envolvem os músculos, tendões e cápsulas articulares que condicionam a resistência decisiva ao alongamento.


Os tendões, ligamentos e cápsulas articulares têm como principal função manter os ossos e as superfícies articulares devidamente colocados, de forma a permitir o bom funcionamento das articulações.


- Coordenação dos processos neuromusculares:


A capacidade de alongamento de um músculo, para além de estar dependente da sua extensibilidade e elasticidade, está também dependente da ação do sistema nervoso central sobre o seu tónus muscular e sobre a sua capacidade de relaxamento.


Quando as fibras musculares chegam a um determinado grau de alongamento, os fusos neuromusculares são excitados, de modo a que se dê a contração muscular e a interrupção do movimento. Os fusos neuromusculares desempenham um papel importante no caso dos alongamentos excessivos. Quando as fibras musculares sofrem alongamento excessivo, os fusos neuromusculares sofrem também esse alongamento, o que faz com que enviem estímulos nervosos à medula espinal, levando à contração de um maior número de fibras musculares. 


- Fadiga:


Os índices de flexibilidade diminuem quando um músculo apresenta elevados níveis de fadiga. As razões apontadas para explicar este fenómeno são: a diminuição da sensibilidade dos fusos neuromusculares; e a diminuição das reservas de ATP no músculo, o que não permite o alongamento máximo, uma vez que o músculo não se relaxa.


- Temperatura interior e exterior e aquecimento:


- São obtidos melhores resultados quando existe aquecimento;
- Se a temperatura ambiente (exterior) é baixa, e não existe aquecimento prévio, a flexibilidade é muito condicionada, ou seja, o frio reduz e o calor aumenta a elasticidade muscular;
- Através da atividade física, do contacto com água quente, através de massagens, etc., pode aumentar-se a temperatura ao nível do músculo, o que provoca uma diminuição da viscosidade muscular, permitindo um melhor alongamento com menor risco de lesões;
- O aumento da temperatura ao nível do músculo provoca também uma maior irrigação sanguínea, o que tem como consequência um aumento da capacidade de estiramento das fibras musculares.


- Hora do dia:


Os índices de flexibilidade variam conforme a hora do dia em que esta é treinada. Por exemplo, logo de manhã, depois de acordar, os índices de flexibilidade são mais baixos do que à tarde. Isto deve-se, entre outros fatores, à elevada sensibilidade dos fusos neuromusculares que ao mínimo alongamento levam à contração das fibras musculares. 


- Idade:


Os tendões, ligamentos, músculos e etc. sofrem alterações com o envelhecimento. Essas alterações provocam a diminuição da capacidade de estiramento das estruturas associadas à flexibilidade.


Deste modo, a flexibilidade é uma capacidade física que necessita de ser trabalhada sistematicamente.


- Sexo:


A capacidade de estiramento das estruturas ligadas à flexibilidade – músculos, ligamentos e tendões – no sexo feminino é superior à do sexo masculino. Isto acontece em qualquer idade. A razão pela qual isto se verifica está ligada às diferenças existentes na produção de hormonas entre o sexo feminino e masculino. Uma vez que a mulher produz maior quantidade de estrogénio, nela existe uma maior retenção de água e uma maior quantidade de tecido adiposo, em vez de massa muscular. Deste modo, a mulher possui uma maior flexibilidade devido ao facto de possuir uma menor densidade de tecidos.


- Fatores psíquicos:


Situações de excitação emocional podem originar uma tensão muscular acrescida, o que influencia, de forma negativa, os índices de flexibilidade. Por outro lado, uma situação emocional positiva, como a vontade de vencer e todos os fatores psíquicos positivos, ajudam a elevar a capacidade de trabalho e, consequentemente, verifica-se uma melhoria dos níveis de flexibilidade.

Tipos de flexibilidade

Existem diversas formas de classificar os tipos de flexibilidade:


Quanto à localização corporal:


- Flexibilidade geral - refere-se à amplitude normal de oscilação das articulações, fundamentalmente nas principais articulações: ombro, anca e coluna vertebral.


- Flexibilidade específica - está relacionada com a amplitude necessária para a realização de movimentos específicos de cada modalidade.


Quanto às forças que originam a ação:


- Flexibilidade ativa - produzida utilizando forças internas, ou seja, trata-se da amplitude máxima de uma articulação conseguida através da contração dos músculos agonistas e alongamento, simultâneo dos músculos antagonistas.


- Flexibilidade passiva - é a amplitude máxima de uma articulação, conseguida através do estiramento e descontração dos músculos antagonistas, sob o efeito de forças externas


(como, por exemplo, força feita por outras pessoas). É maior que a flexibilidade ativa.


              Quanto à existência de movimento:


- Flexibilidade estática - verifica-se quando se sustém durante um certo tempo uma determinada posição da articulação, no máximo de amplitude;


- Flexibilidade dinâmica - quando se varia a posição articular. É, geralmente, maior do que a flexibilidade estática.

Componentes de flexibilidade

- Mobilidade: grau de liberdade de movimento de uma articulação;
- Elasticidade: estiramento elástico dos componentes musculares;
- Plasticidade: grau de deformação temporária que as estruturas musculares e as articulações deverão sofrer para possibilitar o movimento;
- Maleabilidade: modificações das tensões parciais da pele para acomodações necessárias ao segmento considerado.

Desvantagens de uma reduzida flexibilidade


Conhecidos os objetivos e benefícios da flexibilidade, é possível deduzir algumas das consequências da uma deficiente flexibilidade:

- Prolonga o período de aquisição e aperfeiçoamento das ações motoras, isto é, dificulta ou impede a aprendizagem de determinadas habilidades motoras;
- Pode favorecer o aparecimento de lesões;
- Dificulta o desenvolvimento de outras capacidades ou a sua aplicação;
- Diminui o rendimento na realização de ações motoras, sendo a falta de flexibilidade compensada por esforços suplementares, o que provoca grandes gastos de energia;
- Baixa a qualidade de execução, não permitindo que os movimentos sejam corretamente executados com desenvoltura e facilidade;
- Limita a amplitude do movimento e, consequentemente a rapidez da sua execução.